quarta-feira, 17 de agosto de 2011

God Save the Queen...

Há cerca de 4 ou 5 anos estive para ir viver para Inglaterra.  Sempre fui apaixonada pela cultura e história inglesa e fui sempre uma acérrima defensora do seu povo.  Onde outros vêm arrogância eu vejo a típica introspecção dos povos das ilhas.  Mesmo os nossos açoreanos e madeirenses são mais fechados, por motivos única e exclusivamente geográficos.

Mas, se na altura fiquei triste e até, há que admiti-lo, algo desapontada com o namorido por não ter querido embarcar nessa aventura comigo, agora...

Os saques e a destruição gratuita da qual a nação inglesa foi alvo é, verdadeiramente, assustadora!  E, à minha roda, vejo cada vez mais pessoas a acreditar que o que faz falta a Portugal é uma acção semelhante...  O que é, para mim, incompreensível!  Como é possível que a resposta para o estado do País seja destruí-lo ainda mais?  Como é possível achar que destruir o ganha-pão de portugueses a passar pela crise seja a solução?  É como quando a Moody's nos acusou de ser lixo...  Se, por um lado, gostei de ver os portugueses unirem-se na revolta patriótica, por outro irritou-me a quantidade de pessoas para as quais a resposta foi "moody's vai levar no c***" e outras saídas de identico valor...  É assim que queremos que nos vejam?  Como um País desunido que, quando finalmente se une numa causa, recorre à ofensa fácil e gratuita?

Mais uma vez tenho de louvar os britânicos...  Aos poucos vão limpando a "sujidade social" que conspurcou a sua vida...  Não só o público em geral está a auxiliar a polícia na detenção dos infratores como estes estão a ser punidos imediatamente.  Tal é o exemplo de um jovem, cuja família vivia num bairro social.  Assim que foi determinado o envolvimento dele nos saques, a mão da justiça não se fez esperar...  A família viu-se despejada da casa camarária em que habitava!  Terá sido um castigo duro, para uma família inteira pela insensatez de um adolescente?  Talvez...  Mas a permissividade nunca foi solução!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Prece

Oração de uma Agnóstica

Meu Deus, sou eu… Ainda te lembras de mim? Há muito que não te procuro e, talvez por isso, há muito que não te encontro. Tenho uma vaga lembrança de termos conversas monocórdicas… mas até dessas me esqueci… Já soube rezar… mas não me lembro da ordem das palavras… Assim, fiz-te esta oração… Para o caso de me estares a ouvir… De ainda te lembrares de quando éramos próximos… Para dar graças… Neste caso a Ti, pois não sei a quem mais as posso dar.

Obrigada pela maior das dádivas… Agora sei o que é esse Amor infinito de que tanta gente me falava ao falar-me de Ti. Obrigada pela dádiva da sabedoria, que me permite, finalmente, por as coisas em perspectiva consoante o seu real valor. Obrigada pela dádiva da infantilidade, que ainda me permite ter prazer em rebolar pelo chão. Obrigada pela dádiva da ignorância, que me deixa dormir descansada sem pensar nos perigos do amanhã. Obrigada pela dádiva da saúde, minha e dele, que nos permite desfrutar totalmente a existência um do outro. Obrigada pela dádiva do egoísmo, que me dá o direito de me orgulhar da sua (ainda) preferência pelo meu colo. Obrigada pela dádiva da partilha, que me força a falar dele a toda e qualquer pessoa que olhe para mim no decurso do seu dia. Obrigada pela dádiva do sono, que me dá a desculpa perfeita para sestas a dois, muito agarradinhos. Obrigada pela dádiva do humor, que faz com que me ria de cada vez que me arranha os olhos. Obrigada pela dádiva da estupidez, que me deixa convicta de que bebé mais lindo nunca existiu, nem existirá, neste (ou noutros) mundo(s). Obrigada pela dádiva da vergonha, que me impede de gritá-lo aos quatro ventos. Obrigada pela dádiva do emprego, que me deixa dormir descansada à noite sabendo que nada lhe faltará. Obrigada pela dádiva do sonho, que me permite imaginar um dia em que não precisarei de um emprego. Obrigada, acima de tudo, pela dádiva de ser mulher… nenhum homem, nem mesmo Tu, poderá entender do que estou a falar.

(já agora, oh Pai, como pudeste abandonar o teu filho à sua sorte quando ele mais precisava de Ti?)

domingo, 7 de agosto de 2011

Como explicar a um bebé de 9 meses que para "saborear" uma história não tem de comer o livro?

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Feliz Natal... em Agosto!





Hoje descobri mais uma benesse da maternidade:  faz-nos dar uso àqueles presentes horríveis que todos recebemos no Natal, de alguma tia distante ou de uma vizinha com pouca imaginação.

Hoje, única folga da semana...  :(

Por mais que a queira dedicar na totalidade ao pipoquinha, a verdade é que a casa precisa de alguns cuidados...  (sacana, todos os dias, ao sair, lhe digo "vá lá...  arruma-te!" e todas as noites regresso à mesma confusão). 

Fui arrumar a casa de banho e estava na altura de trocar os sabonetes das saboneteiras (não detestam quando começam a ter de se lavar com algo com a espessura de uma cartolina e que já nem faz espuma só porque "parece mal deitar fora"?  A partir de uma certa largura os meus sabonetes têm de se reformar e dar lugar a uma geração mais nova...  como tudo na vida).  Bem...  Apercebi-me que, com o pipoca, os stresses do trabalho, as trocas de horário e de folgas, as campanhas a começar, etc etc etc, esqueci-me de renovar o stock de sabonetes cá de casa... 

Resultado: finalmente dei uso a uma colecção de sabonetes recebido há uns natais.  Agora tenho, nas saboneteiras, uma laranja-sabonete, um limão-sabonete e uma lima-sabonete.

Ok...  Não será um motivo de orgulho...  Mas já posso dizer, com convicção, "Obrigada pelo presente!  Era mesmo o que queria/precisava!"